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117 | Boletim Informativo Embar

|   Abril 2016

Associação Nacional de Recuperação e Reciclagem de Embalagens e Resíduos de Madeira

Opinião - A Floresta Portuguesa

Florestas que produzem pouco!

Se a indústria florestal nacional é prejudicada com a falta de produção da fileira, é porque ela está a produzir pouco. Ou melhor, se a produção florestal está em ascensão como realmente está como assegura o Eng. João F. do Amaral, presidente da Associação para a Competitividade da Indústria da Fileira Florestal (AIFF), e não garante as necessidades da indústria respetiva, quer dizer que ainda está a produzir abaixo do necessário.

As exportações da fileira atingiram já uma importância da ordem dos 10% nas exportações nacionais, mas a escassez de madeira e cortiça é um fator que “incomoda” a materialização daquele peso. Isto afirma o presidente da AIFF, enquanto sublinha a relevância das indústrias da fileira no tecido industrial do país.

O Eng. Ferreira do Amaral aponta para isso o facto do setor se encontrar, por razões diversas, muito desorganizado, e carecer duma intervenção bem coordenada das políticas florestais que, harmoniosa e equilibradamente, reequilibre as dimensões das áreas das três espécies principais. Afirma que todas elas têm margem para crescer, mas que é preciso dar espaço de recuperação à perda que o pinheiro-bravo registou nas últimas 2 ou 3 décadas.

Acrescentou ainda que a pequena propriedade, os fogos, as pragas e as doenças ajudaram à atual situação, mas que também foi grande o desmazelo a que foi votado o setor. E, agora acrescento e sublinho eu, também não foi um acaso a vontade de o deixar à sua sorte; não consigo pensar doutra forma. É que há muito que se sabe como resolver o problema. Por exemplo apostar na gestão agrupada, como afirma aquele conhecedor do setor. Porque é que as ZIF estão pouco menos que paradas à espera de melhores dias? Mantidas a fazer, apenas, operações de gestão mínimas. Porquê? Alguém pode dizer-me?

O calcanhar d’Aquiles das exportações florestais

No dn-negócios.pt do passado dia 23 de fevereiro publicaram-se as quatro respostas do Eng. Ferreira do Amaral a perguntas sobre como aumentar as exportações da fileira florestal. É uma matéria que tem evidentes ligações com o texto anterior, por isso e pela sua relevância, a trago de volta a estas notas. Vou fazê-lo telegraficamente; quem precisar de detalhes, pode sempre ir ao DN.

- O Eng. F. Amaral é de opinião que a fileira florestal tem potencial para suportar um incremento nas exportações, sendo que os desempenhos dos segmentos da madeira, papel e cortiça são os melhores de todos. Ele diz que se trata dos segmentos de melhor capacidade empresarial e inovadora de todo o setor. Assim, aquela possibilidade só pode falhar se não receberem a necessária resposta do lado da produção, ou seja, se a produção não aumentar e a qualidade não melhorar.

- Também afirma que um eventual maior equilíbrio entre os três segmentos da fileira nas perspetivas de exportação, não é de esperar e pode até nem ser desejável. Embora todas as empresas destes segmentos possam aumentar as suas exportações, ele está a partir do princípio de que não aumentam as suas importações de matéria-prima, pelo menos na proporção do incremento das exportações, ou seja, que vão colhê-la na produção nacional, preferivelmente com origens certificadas. Parece estar aqui o “calcanhar d’Aquiles” do setor para conseguir mais exportações.

- É uma realidade, o final de 2015, mais de um terço das empresas do sector mostrava dívidas ao crédito. Segmento papeleiro à parte, foi um setor, indiretamente via construção civil e produtos da cortiça principalmente, muito prejudicado pela crise, e com repercussão no médio prazo. Mas não foi uma situação generalizada.

- Garantir a sustentabilidade do setor é muito importante e isso pode conseguir-se, como ele disse, apostando com prioridade económica na dilatação do volume e excelência da matéria-prima – a do pinho, a da rolaria de eucalipto e a da cortiça -, via alargamento criterioso das respetivas áreas, as de pinhal e sobreiro que vêm a perder área para o eucaliptal, recuperando os de escassa produtividade, fomentando a gestão florestal e a certificação produtiva. Para isso todas as espécies são boas.

Ora aqui estão quatro opiniões de quem sabe o que diz.

Mário Pinheiro

Notícias
Associados

A LPR prossegue com o crescimento sustentado - Resultados de 2015

A LPR - La Palette Rouge Portugal (uma divisão do Euro Pool Group) prossegue com o seu crescimento, o 14º em 15 anos de existência. O especialista em pooling de paletes da Europa anunciou um volume de negócios de 15 milhões de euros em 2015, o que corresponde a um crescimento de aproximadamente 12% em relação ao ano anterior.

A LPR, empresa fornecedora de serviços de paletes, conseguiu mais um feito! A empresa, que fornece serviços de paletes a fabricantes que abastecem o setor dos produtos de grande consumo, anunciou um crescimento de 11% no volume de paletes transacionadas em 2015. A LPR registou um volume de negócios de aproximadamente 15 milhões de Euros, o que em comparação com o ano anterior representa um crescimento de 12%, que no rigoroso clima económico que se faz sentir em toda a Europa não deixa de ser um feito notável.

De acordo com Flávio Guerreiro, Diretor Comercial da LPR, isso pode ser explicado por vários fatores, estando o cliente no centro da nossa estratégia. Num mercado continuamente mais exigente, onde os parâmetros de qualidade são cada vez mais elevados, a aposta da LPR na qualidade, simplicidade e proximidade têm sido reconhecidos pelo mercado, com reflexo direto nos resultados e forte posição no mercado. Este crescimento substâncial das vendas foi alcançado não só através de novos clientes, com o aumento de 10% do nosso portfólio de clientes, como simultaneamente de crescimento orgânico, através dos clientes atuais.

De acordo com Flávio Guerreiro “temos a felicidade de possuir um portfólio de clientes robusto e resiliente, que incorpora as principais empresas nacionais de FMCG, que nos oferece garantias futuras”.

Com uma rede extensa (12 centros de serviço) a LPR pode adaptar constantemente a sua oferta, propondo um serviço de pooling e gestão de paletes simples, próximo e eficiente, à medida das necessidades dos seus clientes.

O crescimento, apesar de substancial, foi efetuado de uma forma sustentável por parte da LPR, onde de acordo com Flávio Guerreiro, "o reforço da política de qualidade da LPR, cada vez mais rigorosa e exigente, não só para com as nossas paletes, mas simultaneamente com o serviço prestado e parceiros, assumiu-se como um factor critico de sucesso”. A rede e estrutura de pooling de paletes da LPR correspondem a elevados padrões relativos à saúde, segurança e higiene, em conjunto com a Norma Internacional para Medidas Fitossanitárias (ISPM) N.º 15.

Praticamente todas as paletes movimentadas pela LPR possuem certificação PEFCTM. A LPR recebeu recentemente a classificação CSR GOLD atribuída pela plataforma EcoVadis, em reconhecimento do desempenho ambiental e social no seio da cadeia de abastecimento.

Para mais informação sugerimos a consulta do site da empresa

Cantinho

Mais técnicos, mais sapadores, mais equipamentos… para 150 mil hectares de floresta

O Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural anunciou que está a agilizar os processos que vão permitir aplicar, até 2020, os 500 milhões de euros de fundos europeus disponíveis para o progresso da floresta nacional. Está-se a falar na recuperação da floresta perdida nos 15 últimos anos; também em gerar emprego e criar riqueza.

Afirma o Ministro que é um “desígnio” nacional. As frentes serão a prevenção de incêndios, pragas e doenças, a replantação de áreas ardidas e a reconversão de espaços de baixa produtividade e, acrescento eu, de entre estes, as elevadas densidades de regeneração pós fogo. Para o efeito anunciou que vai afetar recursos do Ministério e abrir concursos para contratar sapadores florestais e para aquisição de equipamentos.

Como é sabido e eu já disso tenho falado, o concelho de Mação perdeu, com os fogos de 2003, quase metade da sua área florestal, cerca de 22 mil hectares. Em alguns locais do concelho foram efetuadas, a título experimental, aproveitamentos da regeneração natural do pinhal bravo que entretanto brotou a partir das sementes residuais e utilizando as cinzas como fonte nutritiva. As cerca de uma centena de milhares de plantas entretanto nascidas com grande vigor foi reduzida para metade, o que permite ter já, 12 anos volvidos, e com uma segunda intervenção a reclamar urgência, obter algum rendimento em postes e estacaria, por exemplo. E o custo daquela intervenção é bem reduzido, da ordem dos 500 euros por hectare.

Daquela regeneração de pinhal, naquelas condições e também a precisar duma intervenção daquelas, há cerca de 300 mil hectares em Mação. Nada pouco! Ora, se há um programa que pode apoiar o necessário financiamento, é legítimo pensar que já é possível resolver a questão. Basta que as vontades se conjuguem. Em Mação e em todos os “Mações” por esse país do pinhal.

Como técnico, devo alertar para que, se aquela intervenção não acontecer rapidamente, aquele pinhal esgotará a sua potencialidade produtiva, portanto delapidar-se-á o seu vigor e, mais cedo que tarde, voltará a arder.

Regressará tudo à “estaca zero”. Um “maior zero” do que aquele em que estava o pinhal em 2003; é quase certo. Torna-se, mais uma vez, velho e mal gerido.

Mário Pinheiro

Eventos

Iber- Floresta 2016

21 a 23 de abril de 2016

Recinto Ferial El Berrocal

Plasencia (Cáceres) – Espanha

Feira nacional Floresta

22 a 25 de abril de 2016

Expocentro

Pombal, Portugal

Trawu Forestal 2016

28 de abril de 2016

Vivero Central de Agromen Valle del Itata

Chilé

VI Congresso da APED

3 a 4 de maio de 2016

Museu do Oriente

Lisboa, Portugal

MAC Fruit Attraction Mena

4 a 7 de maio de 2016

Cairo, Egipto