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98 | Boletim Informativo Embar

|   Janeiro 2014

Associação Nacional de Recuperação e Reciclagem de Embalagens e Resíduos de Madeira

Agência Portuguesa do Ambiente

Relatório do Estado do Ambiente 2013

Foi publicado a 30 de dezembro o Relatório do Estado do Ambiente 2013 em Portugal.

"...O REA 2013 começa por fazer um enquadramento macroeconómico e social nacional, explorando algumas relações entre a evolução recente da economia portuguesa e certas variáveis ambientais, designadamente a relação entre o PIB e o consumo de recursos naturais, as emissões de poluentes para o ambiente e os consumos de energia.

...Adicionalmente, e pela primeira vez na história do REA, são incluídos dois cenários para a Economia Portuguesa no horizonte 2050, sendo que os valores apresentados não têm o carácter de previsões, representando apenas possíveis padrões de evolução de algumas variáveis macroeconómicas
de enquadramento..."

Notícias
Agência Europeia do Ambiente

Concurso WASTE smART

Já estão disponíveis os resultados do concurso WASTE smART, promovido pela Agência Europeia do Ambiente e ao qual foram submetidas 200 propostas - vídeos, bandas desenhadas ou fotografias acerca do tema resíduos - provenientes de 29 países.

Para ver os trabalhos vencedores consulte o site aqui.

Eventos

European Packaging Summit 2014 | 27 e 28 de janeiro de 2014 | Maritim proArte Hotel - Berlim, Germany

 

Fimma Maderalia | 11 a 14 de fevereiro de 2014 | Feria Valencia - Valencia, Espanha

 

Packaging and Converting Executive Forum | 12 na 14 de fevereiro de 2014 | Bruxelas, Bélgica

WWW

365 AGRO

"O 365AGRO é um portal online de conteúdos informativos sobre os sectores agrícola, pecuário, florestal e agro-industrial.

...

Perante esta realidade, identificou-se a oportunidade de agregar num só sítio informação útil e abrangente, organizada, de carácter técnico, comercial e económico e acessível a todos os utilizadores, de forma gratuita, desde que exista ligação à internet.

O  365AGRO pretende ser um site:

  • Agregador
  • Acessível
  • Atual
  • Facilitador da transferência de conhecimento."

Para mais informações visite o site.

Cantinho do Pinheiro

“Um pinheirinho por um sorriso” e não só!

Antigamente, os Serviços Florestais tinham a tradição de aproveitar a época natalícia para juntar o útil ao agradável. Promoviam, por essas serras de pinhal, o corte de “árvores de natal” que davam à distribuição dos bombeiros, dos seus próprios serviços regionais ou de instituições de apoio social que, com a sua venda, beneficiava o que podia.

Eram as árvores que estavam a mais no pinhal e que, a pretexto de servirem de elemento decorativo das casas portuguesas, conseguiam o objetivo de aplicar aos pinhais mais bastos uma limpeza que lhes beneficiava o crescimento e a produção. E, também me lembro, o pinhal ardia menos.

Os pinheirinhos não eram os mais bonitos, que esses ficavam a crescer na mata, mas eram de borla ou quase, e cumpriam multiplamente a sua missão.

Depois apareceram as árvores de plástico, que mais e mais ocuparam o lugar dos pinheiros naturais, uma vez que os Serviços Florestais, progressivamente transformados num organismo para-burocrático, abdicaram totalmente daquela missão. De facto, sem os guardas florestais, os operacionais de campo e o equipamento que já tiveram, o que podem fazer é deixar o pinhal quase ao abandono. Tristemente ao abandono.

Deste estado de coisas aproveitam, todos os anos pelo Natal, algumas empresas que, a propósito da sustentabilidade dos materiais que utilizam, da estética que lhe associam, do sorriso que dizem induzir nas crianças e, muito bem, da partilha com instituições e causas sociais que fazem dos seus proveitos com a venda, procuram ocupar um nicho de mercado de época.

Ainda bem que o fazem, pois são menos árvores plásticas, horríveis, que se fingem de árvores de natal nas nossas casas.

As árvores intoxicam-se por nós

Cerca de metade da poluição das nossas cidades agarra-se às folhas das árvores das ruas e dos parques. São principalmente as partículas dos gases de escape dos automóveis, das pastilhas de travão e da poeira das vias, asfaltadas ou não que elas “prendem”. Trata-se de materiais que contêm ferro e chumbo em partículas com dimensão que podemos inalar, agravando doenças do coração, respiratórias e outras.

Barbara Maher, da Lancaster University, Reino Unido, experimentou e estudou a questão em meio real e apurou que as árvores expostas à rua se apresentavam com 50% mais poluição que as testemunha, em termos de concentração de partículas metálicas de todos os tamanhos. Um microscópio eletrónico confirmou o aprisionamento daquelas partículas do ar à superfície das folhas que, certamente as colocam na sua circulação, acumulam nos tecidos e reencaminham para o solo. Com isto reduzem significativamente os nossos prejuízos.

Trata-se duma questão sabida há muito; é por isso (e porque são seres muito belos) que, desde sempre, as árvores são nossas companheiras nas cidades e perto delas.

As árvores são seres muito especiais!

Passem as publicidades…

A pouco-e-pouco se vai dando às nossas matas (aos eucaliptais industriais com certeza, aos pinhais, com certeza também, nem por isso, e aos montados de sobro, bem espero que sim) o relançamento de que precisam, assente numa gestão moderna, facilitada, eficaz e mais rentável.

A tecnologia GPS aplicada à gestão florestal é disso um exemplo, e a Trimble procura divulgá-la em Portugal. O software em que se apoia possibilita, diz, o planeamento das atividades de arborização, de gestão, de exploração e de distribuição dos produtos.

Eu acredito!

A empresa de mobiliário urbano Larus e a Fundação Mata do Bussaco fizeram nascer e colocaram no mercado móveis cuja rusticidade é inspirada na naturalidade dos materiais, assumindo a austeridade carmelita dos antigos ocupantes da mata do Buçaco, os Carmelitas Descalços.

É madeira maciça proveniente das árvores centenárias irreversivelmente danificadas ou caídas, partidas e arrancadas pelo temporal de Janeiro de 2013.

Boa ideia!

Mário Pinheiro